By Lucien Silvano Alhanati

Recursos naturais

Você precisa ler as mais recentes notícias resumidas sobre recursos naturais.

Título A grande seca.
Publicação Globo Ciência em abr/08

 

Austrália perde produção agrícola devido a crise ligada ao aquecimento global.

A Austrália já foi o maior produtor de arroz do Hemisfério Sul. Após 6 anos de severas secas a perda na produção de arroz é de 98%.

As mudanças climáticas são potencialmente a maior ameaça para a agricultura da Austrália, causando alterações significativas no centro de produção agrícola. 

Alguns fazendeiros abandonaram o plantio do arroz, que exige grande quantidade de água, para se dedicarem a atividades que requerem menos uso da água, como por exemplo o cultivo de uvas para a produção de vinhos. Outros fazendeiros venderam sua terras ou o acesso à água para produtores de vinho,

Especialistas temem que esta transferência de fontes de água tenha um impacto negativo na economia de paises pobres que dependem da importação de arroz para alimentar a população.

Pelas previsões do IPCC, mesmo um pequeno aumento na temperatura do planeta nos próximos anos já seria suficiente para desequilibrar a produção agrícola do planeta.


 

Título China exaurindo o planeta
Publicação Globo Ciência em jun/08

 

O desenvolvimento acelerado da China faz o país consumir os seus recursos naturais 2 vezes mais rapidamente do que podem ser renovados. A conclusão faz parte de um estudo realizado pela ONG WWF-China em parceria com o Conselho Chinês para a Cooperação Internacional em Meio Ambiente e Desenvolvimento. A situação é agravada pelo desperdício no uso da água, energia elétrica e combustíveis por parte das fazendas e indústrias devido ao subsídio dado pelo governo Chinês.

- A China precisa aderir ao desenvolvimento sustentável em no máximo 20 anos - afirma Zhu Guangyao secretário geral do Conselho Chinês para a Cooperação Internacional.

As limitações naturais forçam a China a avançar sobre os recurso de outros países, como madeira e minérios, muitos dos quais importados do Brasil.

 O WWF demonstrou que ninguém consome tanto quanto os americanos usando o conceito de "pegada ecológica" que mede quanta terra produtiva uma pessoa precisa usar para atender ao seu estilo de vida.

País Pegada ecológica dados de 2003
China 10.000 m2
EUA 100.000 m2
média mundial 20.000 m2

 

Se a China atingir o patamar de demanda dos americanos ele terá exaurido os recurso naturais do planeta, conforme demonstram os dados abaixo constantes do estudo realizado pelo WWF-China.

País População 
em % da população mundial
Recursos biológicos 
em % dos recursos mundiais
China 22 15
EUA 20
Simulação
China com o patamar de demanda dos EUA
22 (22 / 5) x 20 = 88

 

Nesta simulação o WWF-China mostra que não havendo crescimento da população chinesa e atingido o patamar de consumo dos americanos a China necessitaria de 88 % dos recursos biológicos do planeta.


 

Título Espanha vive a pior seca em quatro décadas.
Publicação Globo Ciência em ago/08

 

A seca segundo especialistas é causada pelo aquecimento planetário. 

Soluções para a crise de abastecimento dividem o pais e criam a "guerra das águas".

A cidade de Barcelona quase entrou em colapso. A cidade acabou tendo de importar água da França e acelerou os planos para a construção de uma grande usina de dessalinização da água do mar.

Tirando a região norte o resto da Espanha está sofrendo com a falta de água. Alguns políticos defendem a transferência de água através do país, mas o governo começou a construir mais usinas de dessalinização.

A Espanha possui hoje perto de 900 usinas de dessalinização, sendo o país que mais possui dessas usinas fora do Oriente Médio. Opositores afirmam que a operação das usina tem um custo energético muito alto.


 

Título Emergência na Amazônia
Publicação Globo Ciência em set/08

 

Temperatura na região pode subir 2o C já em 2010.
Uma Amazônia cada vez mais quente e seca já a partir de 2010. esse é o cenário desolador desenhado pelo primeiro de uma série de 3 relatórios realizados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em parceria com a Vale. sobre os efeitos do aquecimento global na região.

O foco do estudo é a região leste da Amazônia, estados do Pará e Maranhão. Foram analisadas áreas de 50 em 50 km.

Os cientistas estudaram as variações do clima na região  tendo como referência os períodos:

Período Elevação de temperatura Redução do índice
pluviométrico
2010 - 2040 2oC 10%
2041 - 2070 4oC 20%
2071 - 2100 7oC --

A previsão é a ocorrência de uma alternância entre secas e chuvas intensas, cada vez mais acentuadas, aumentando o estresse ambiental já causado pelas queimadas.

Os outros relatórios, mostrando os impactos das mudanças climáticas na fauna, flora, agricultura, saúde e geração de energia devem ser divulgados no começo de 2009.


 

Título Humanidade está em débito com o planeta.
Publicação Globo Ciência em out/08

 

Consumo de recursos naturais excede em 30% capacidade de recuperação, é o afirma o relatório "Planeta vivo 2008" divulgado pelo WWF. O relatório divide os países entre credores e devedores ecológicos, baseado na relação entre o consumo e os recursos naturais.

O mapa mostra claramente o grande avanço do débito ecológico, isto é, do consumo maior que os recursos naturais. Se mantivermos o ritmo atual e levando em conta o aumento da população em 2030 seriam necessários dois planetas para nos mantermos.

O calculo foi feito em torno da capacidade do planeta recuperar os recursos naturais e também o potencial de absorção dos resíduos que deixamos que vão do lixo à emissão de CO2 na atmosfera.

Assim como a atual crise financeira está mostrando que o livre mercado não resolve tudo enfatizando a necessidade de uma regulação, é necessário um novo acordo que gere um crescimento levando em conta que o planeta tem limites.


 

Título A Terra não agüenta.
Publicação Revista Veja nov/08

 

A humanidade já consome mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. O colapso é visível nas florestas, oceanos e rios. O ritmo atual de consumo é uma ameaça para a prosperidade futura da humanidade.

A exploração de recursos naturais da Terra permite à humanidade atingir patamares de conforto cada vez maiores.

Diante da abundância de riquezas proporcionada pela natureza, sempre se aproveitou como se o dote fosse inesgotável. Hoje se sabe que a maioria dos recursos naturais pode desaparecer num prazo relativamente curto e que é urgente evitar o desperdício.

Estudo realizado pela Word Wildlife Fund mostra que o atual padrão de consumo de recursos naturais supera em 30% a capacidade do planeta de recuperá-los.

Nos últimos 45 anos, a demanda pelos recursos naturais do planeta dobrou, devido à elevação do padrão de vida nos países ricos e emergentes e o aumento da população mundial.


 

Título Mapa de riquezas do solo ajuda a combater aquecimento global.
Publicação Globo Ciência mar/09

 

Brasil participa de projeto internacional que aprimora agricultura.

Um grupo internacional de cientistas realiza o Mapeamento Global dos Solos, que vai identificar num prazo inicial de 5 anos, as propriedades e características dos solos de todos os continentes, extraindo valiosos dados sobre reservas de água, nível de erosão, quantidade de nutrientes e reservas de carbono.

Todas essas informações ficarão disponíveis em um banco de dados na Internet, aberto a consultas. O trabalho toca em dois dos maiores desafios da Humanidade: o combate à fome e a luta contra o aquecimento global. O Brasil participa do projeto através da Embrapa.

A meta inicial do projeto é que, nesses primeiros 5 anos, cerca de 80% dos solos do planeta esteja mapeados, num trabalho que vai contar com a mais recente tecnologia. disponível.

O mapeamento dos solos também pode ser útil para entender e combater as mudanças climáticas. Uma área preservada, tratada adequadamente, se firma como um sumidouro estocando carbono, enquanto áreas devastadas, com solos degradados vã emitir carbono na atmosfera.


 

Título Demanda por água vai se agravar.
Publicação Globo Ciência mar/09

 

Relatório da ONU estima que bilhões sofrerão com falta de saneamento.

A população mundial cresce de aproximadamente 80 milhões por ano agravando a demanda por água e seus serviços. 

Relatório da Unesco divulgado ontem sobre o uso da água confirma que, sem medidas contra o desperdício  e a favor do consumo sustentável, o acesso à água potável e o saneamento serão ainda mais reduzidos. 

O relatório estima que 5 bilhões de pessoas sofrerão com a falta de saneamento básico em 2030.

O crescimento populacional significa mais pressão n agricultura, setor que mais consome água no planeta. A agricultura  consome 70% de toda a água potável consumida no planeta. Caso os atuais métodos de irrigação do solo não sejam aprimorados, a demanda do setor agrícola por água vai aumentar entre 70% e 90% até 2050.

O Brasil é o país com a maior reserva de água doce do planeta e não está imune aos problemas de escassez e mau uso da água principalmente no setor agrícola, onde o desperdício é muito grande. A água é utilizada na irrigação com baixa eficiência, estando o país muito aquém de uma produção agrícola sustentável. Em geral o agricultor usa mais água do que o necessário. Na falta de controle e informação, o agricultor tenta irrigar mais, com medo de irrigar menos, e assim ele acaba desviando nutrientes do solo, causando erosão. 

Não há educação para a economia de água tanto no campo quanto nas cidades.

Outro aspecto importante é que o problema da água não é só quantidade, mas acima de tudo qualidade.


 

Título Desertificação já atinge 7 estados e 30 milhões de pessoas no Brasil.
Publicação Globo Economia nov/09

 

Alem do nordeste, problema afeta áreas em Minas e Rio Grande do Sul, o que significa 15% do território do país.

Entraram na rota de desertificação 1.482 localidades espalhadas pelo Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

A desertificação não é um flagelo moderno. A novidade é que o avanço deste processo sinaliza uma ameaça global. Segundo estudo realizado pela ONU, a cada minuto 12 hectares de terra viram deserto no mundo.

O Brasil defende a ideia de incluir o combate à desertificação como uma das ações de enfrentamento do aquecimento global.

 


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