Você precisa ler as mais recentes notícias resumidas sobre a poluição.
Título | Nível de CO2 tem alta histórica |
Publicação | Globo Ciência em mai/08 |
Um estudo divulgado ontem na "Nature", realizado com base em amostras de gelo da Antártica revelou que a concentração de gases do efeito estufa - principalmente gás carbônico e metano - na atmosfera está mais alta atualmente do que em qualquer momento dos últimos 800 mil anos. O resultado da pesquisa é mais uma prova de que a Humanidade está alterando o clima do planeta.
Os pesquisadores escavaram quase até o leito de pedra da região. Assim recuperaram camadas formadas por gelo comprimido, que guardam características da época em que surgiram. Cientistas chineses e australianos analisam a possibilidade de escavar em regiões da Antártida onde há camadas de gelo mais antigas, o que poderia fornecer dados sobre o clima existente na Terra há 1,5 milhões de anos.
Título | Chuvas ácidas na China. |
Publicação | Livro Laowai de Sônia Bridi e várias agências de notícias. |
A China é o maior emissor mundial de dióxido de enxofre, o principal causador da chuva ácida.
O governo chinês para estimular o desenvolvimento subsidia o uso de combustíveis fósseis. A queima em grande quantidade de combustíveis fósseis produz a oxidação do enxofre que existe nestes combustíveis, produzindo o dióxido de enxofre que em camadas atmosféricas elevadas se transforma em trióxido de enxofre, que reagindo com o vapor de água produz o ácido sulfúrico (ácido muito forte). O ácido sulfúrico quando arrastado pelas chuvas é o principal responsável pela acides do solo e das águas."
Reações químicas correspondentes:
S + O2 >>> SO2
2 SO2 + O2 >>> 2 SO3
SO3 + H2O >>> H2SO4 (ácido sulfúrico)
A chuva ácida em Pequim se intensificou num grau alarmante no último ano, apesar da cidade ter sido considerada livre do fenômeno, informou hoje o jornal "South China Morning Post".
Segundo um especialista da Administração Meteorológica da China, Zhang Xiaochun, outras áreas do nordeste do país estão sofrendo com a chuva ácida, que afeta metade das cidades chinesas.
Zhang destacou que o que mais chama a atenção é o avanço em Pequim, que sofreu mais chuvas ácidas, às vezes muito intensas e com acides crescente, o pH passou de 5,6 para 4,9, nos últimos dois anos.
Segundo Sônia Bridi, autora do livro Laowai, na região do Rio Li onde pescadores capturam peixes com pássaros a vegetação foi completamente destruída pela chuvas ácidas.
Título | Veneno guardado no gelo da Antártida. |
Publicação | Globo Ciência em mai/08 |
O frio da Antártida preservou no gelo o DDT, banido há décadas do resto do mundo. Levado para a Antártida por correntes de ar o DDT ficou lá congelado por muitos anos. Com a aceleração do movimento das geleiras em direção ao mar o derretimento do gelo espalha o DDT afetando a vida selvagem. Traços de DDT foram encontrados nos pingüins adélia.
Teme-se que o aquecimento global libere outras substâncias tóxicas congeladas na Antártica.
Título | Censura volta a atingir cientistas americanos. |
Publicação | Globo Ciência em mai/08 |
Cientistas da Nasa foram os primeiros a protestar contra a censura da Casa Branca a estudos relacionados a mudanças climáticas.
Agora são pesquisadores d Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos que reclamam ter trabalhos censurados.
A denúncia é da União dos Cientistas Responsáveis, um grupo baseado em Washington.
Entrevistas com 1.583 cientistas revelou que a maioria não fala abertamente sobre os resultados de seus trabalhos, com medo da retaliação de chefias nomeadas pelo governo Bush.
Metade dos entrevistados disse que não pode conversar com a imprensa e um quarto revelou ter sido impedido de publicar resultados de estudos que contradiziam a política oficial.
Pesquisadores também relataram sofrer pressões para não falar publicamente sobre mudanças climáticas.
Título | Quebra-cabeça climático. |
Publicação | Globo Ciência em mai/08 |
Reduções nas concentrações de poluentes impõem secas severas na Amazônia.
O equilíbrio climático na Floresta Amazônica é muito mais delicado do que se imaginava. Novo estudo publicado pela revista "Nature" mostra que paradoxalmente reduções nas concentrações atmosféricas de determinados poluentes podem exacerbar eventos de seca na região amazônica.
Assinado por cientistas britânicos e brasileiros, o estudo revelou que a existência do dióxido de enxofre na atmosfera produz partículas de sulfatos que refletem a luz do Sol reduzindo a insolação da superfície terrestre. A redução da concentração do dióxido de enxofre aumenta a insolação favorecendo a ocorrência de períodos mais secos, o que levaria à rápida savanização. Mas que ninguém pense que o ar mas puro é indesejável, alertam Carlos Nobre e José Marengo, do Inpe, que participaram do estudo. Não existe nenhuma justificativa ética possível para se retardar a limpeza do ar urbano. A solução é diminuir ainda mais rapidamente as emissões dos outros gases para compensar o aquecimento.
Título | Nuvens gigantes influenciam o clima. |
Publicação | Globo Ciência em out/08 |
Um grupo de 200 especialistas de 10 países iniciou um estudo sobre a influência das nuvens gigantes que se formam sobre o Oceano Pacífico na regulação do clima, uma vez que estes sistemas refletem a irradiação solar. Eles querem saber também como a poluição afeta estes sistemas.
Tendo como base o Chile, a expedição vai durar um mês.
Hugh Coe, líder do grupo britânico, afirma que o estudo vai ajudar a aprimorar modelos matemáticos de análise das mudanças climáticas. A equipe de Coe vai recolher material das nuvens com a ajuda de sondas acopladas em aviões que sobrevoarão as nuvens. Eles esperam descobrir como essas nuvens gigantes se formam, como elas refletem a irradiação solar e que fatores determinam a sua duração
O tipo de nuvem que vai ser estudado é conhecido como stratocumulus marine que ocorre perto da terra, onde águas profundas e geladas sobem para a superfície, resfriando o ar, causando condensação e a formação das nuvens. Algumas são tão grandes que ocupam uma área equivalente à dos EUA.
Os pesquisadores querem saber como a poluição vinda de atividades de mineração ao longo da costa do Chile e do Peru afeta a formação das nuvens, uma vez que as partículas de poeira levadas para a atmosfera ao entrar em contato com o vapor de água passam a integrar a nuvem.
Em outro estudo cientistas americanos revelaram que o trifluoreto de nitrogênio (NF3), gás usado na produção de telas planas de televisão, é 17 mil vezes mais potente que o CO2 como gás do efeito estufa.
O gás não está incluído no Protocolo de Kioto, já que naquela época a sua produção era muito pequena. Atualmente é produzido em grande quantidade e como não regulado pelo Protocolo de Kioto, sequer é necessário registra-lo ou reduzir as suas emissões.
Título | Acordo sobre o clima ameaçado |
Publicação | Globo Ciência em out/08 |
IPCC alerta que crise econômica afetará metas globais de redução de emissões.
A redução das emissões de gases de efeito estufa será discutida na Conferência Mundial sobre o Clima a ser realizada em Copenhague em 2009. A meta sugerida pelo IPCC é de 80% até 2015.
A meta pode virar poeira se ocorrer uma forte desaceleração do crescimento, especialmente entre as grandes potências.
Segundo Martin Parry, professor do Imperial College de Londres e membro do IPCC, o compromisso requer viabilidade e sustentabilidade, ele tem que ser atrativo em momentos de crescimento e de recessão, precisa ser uma solução de mercado. sabemos historicamente que em períodos de recessão, o meio ambiente sofre porque pensamos de forma mais imediata.
De acordo com a missão do IPCC que está no Brasil a redução de 80% em 10 anos é o mínimo necessário para evitar um aquecimento acima de 2oC nesse século. Os analistas de impacto prevêem danos ambientais, econômicos e sociais irreversíveis se o aumento de temperatura for maior.
Paul J Crutzen Prêmio Nobel de Química afirmou recentemente que a crise financeira apesar do impacto negativo poderia ter o efeito de reduzir à força as emissões de gases estufa com a economia de energia e a redução da queima de combustíveis fósseis.
Carlos Nobre pesquisador do Inpe e integrante do IPCC, avalia que o Brasil está em posição favorável para tomar a dianteira na meta da redução de emissão de gases estufa, uma vez que 55% das emissões brasileiras se devem ao desmatamento e queimadas e o valor da atividade final é de apenas 1% do PIB. A redução do desmatamento no Brasil nos últimos 3 anos (2005 - 2007) pode ser traduzida em uma economia de 220 toneladas de emissão de carbono.
Mas as previsões de impacto econômico no Brasil com o aumento da temperatura média de 2oC a 4oC, o que ocorrerá em caso de meta de redução de apenas 50% em 20 a 30 anos, seriam desastrosas. Na agricultura, ocorrerão os impactos mais fortes, " em 50 anos estaremos importando café da Argentina, Santa Catarina não vai produzir mais maçã e o cerrado ficará concentrado apenas no sul do Mato Grosso do Sul".
Título | Na China, subsídios têm custo ambiental. |
Publicação | Globo Ciência em out/08 |
Incentivos à industria do carvão causam grandes prejuízos para a saúde e agricultura.
Um estudo elaborado pelo Unirule Institute of Economics and Energy e pelas ONGs Greenpeace e WWF concluiu que o subsídio dado pelo governo para a produção e consumo do carão causou um prejuízo ambiental e social de US$ 250 milhões em 2007 equivalente a 7,1% do PIB no mesmo ano.
A indústria do carvão na China é uma das mais poluidoras do mundo, com padrões de segurança tão precários que a taxa de mortalidade no setor é 70 vezes maior que nos EUA e 17 vezes mais alta que na África do Sul, outros grandes produtores do combustível
Yang Fuqiang, diretor da Energy Foundation na China afirma que as emissões do CO2 resultante da queima do carvão na China irá acarretar uma perda de terra cultivável e escassez de água responsável pela redução de 23% da produção de alimentos até 2050.
Mao Yushi economista e presidente do Unirule, para diminuir a devastação da indústria do carvão é necessária a imposição de impostos à produção do carvão, ao consumo de energia e aos danos produzidos no meio ambiente. É necessária a regulamentação e fiscalização da indústria do carvão na China.
Título | Ameaças ao meio ambiente nos EUA |
Publicação | Globo Ciência em nov/08 |
O presidente Bush tente aprovar às pressas medidas que favorecem à indústria em detrimento do meio ambiente.
As mais polêmicas são permissão para que usinas de energia operem perto de parques nacionais, afrouxamento de regras sobre o lixo produzido por grandes fazendas e facilidades para operação de mineradoras de carvão. As restrições governamentais às atividades das indústrias agrícolas e de mineração serão removidas, elas poderão poluir mais.
A pressa se dá porque uma lei entra em vigor entre 30 a 60 dias após a sua aprovação. Se isso não acontecer quando o novo presidente assumir o cargo ele pode se recusar a aplicar a lei.
Se a lei entrar em vigor antes do dia 20 de janeiro próximo a nova administração terá dificuldades para derruba-la.
Título | Stern: protecionismo agrícola prejudica clima. |
Publicação | Globo Ciência em nov/08 |
Nicholas Stern,economista britânico, coordenador da mais importante análise sobre o impacto econômico das mudanças climáticas, o chamado Relatório Stern de 2008, condenou ontem, em São Paulo, o protecionismo agrícola dos países ricos e considerou errada a aplicação de taxas ao etanol do Brasil.
Em palestra ontem na sede da Fiesp classificou o protecionismo agrícola como "analfabetismo econômico" e afirmou que as barreiras agrícolas são destrutivas, poluentes e antiéticas
Stern, ex-diretor do Banco Mundial, disse que o etanol produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar é muito melhor que o americano, feito de milho que é menos eficiente e exige plantações maiores. Afirmou ainda que o biocombustível brasileiro é uma contribuição importante para a redução de emissões dos gases do efeito estufa.
Título | Nuvem assassina. |
Publicação | Globo Ciência em dez/08 |
Feita de poluentes e com 3 km de espessura, ela cobre a Ásia e mata ao ano 340 mil pessoas, diz ONU.
Algumas
das piores previsões sobre os efeitos da poluição se concretizam na Ásia sob
a forma de uma nuvem gigante. Composta de fuligem e outros poluentes, ela é
marrom, se estende da Península Arabica à costa do Pacífico e tem cerca de 3
km de espessura.
Relatório da ONU alertou que a nuvem mudou o clima local, causa perdas à agricultura e escurece o ceu de muitas cidades como Pequim, Bangcoc, Cairo, Nova Delhi, Seul e Teerã.
Foto da poluição em Pequim.
Nuvens como essa, porem menores e menos intensas também se formam sobre o sul da África, Europa, América do Norte e na Amazônia.
Foto da nuvem sobre a China.
Morrem prematuramente somente na Índia e China 340 mil pessoas a cada ano devido a doenças respiratórias, cardiovasculares e cânceres associadas à péssima qualidade do ar.
A nuvem é um coquetel de fuligem, substâncias tóxicas, ozônio entre outros gases expelidos por indústrias, usinas a carvão, veículos, fornos a lenha e na queima de florestas e campos agrícolas.
Foto da seca na China causada pela nuvem de poluição.
Paradoxalmente a nuvem tem enfraquecido os efeitos do aquecimento global na região, não tendo influência sensível no aquecimento planetário. A nuvem esfria área próximas a superfície da Terra e aquece o ar em grandes altitudes. O resultado é o encurtamento da estação das monções na Índia e enchentes mais severas no sul da China.
A água potável também sofre. A fuligem se deposita nas geleiras do Himalaia, que alimentam os rios que fornecem água potável para bilhões de pessoas.
A nuvem é gerada pela poluição originária da Ásia e de outras partes do mundo que se espalha pela circulação na alta atmosfera.
Título | Espião do clima |
Publicação | Globo Ciência em dez/08 |
A Nasa faz os últimos acertos para o lançamento de um satélite que vai mapear a distribuição do CO2 na atmosfera, próximo à superfície, onde o efeito do aquecimento é mais sentido. O satélite será o Observatório Orbital de Carbono - OCO.
A Nasa já tem um satélite, capaz de detectar o CO2 na atmosfera, o Aqua, mas ele observa o CO2 a uma altitude de 5 a 10 quilômetros da superfície.
O objetivo do OCO é fazer medições precisas que possam indicar onde estão as principais fontes de emissão e absorção do CO2.
Os sorvedouros de CO2 apresentam alguns enigmas. Sabe-se que a Terra absorve cerca de 50% do CO2 que as atividades humanas liberam na atmosfera e que a maioria é absorvida pelos oceanos. Os demais sorvedouros ainda são pouco conhecidos. Os pesquisadores têm um conhecimento limitado sobre como eles podem se comportar num quadro de mudanças climáticas.
Exemplificando, suponhamos que as florestas boreais do Canadá e da Sibéria se revelem grandes sorvedouros de CO2. Estes ambientes estão mudando drasticamente. Eles vão continuar sendo grandes sorvedouros? Não sabemos ainda o impacto do aquecimento nesses lugares.
Título | Dois satélites entram na luta contra o aquecimento global. |
Publicação | Globo Ciência em jan/09 |
O Japão lança hoje um satélite, denominado de Gosat - Observatório do Efeito Estufa por Satélite - cuja missão é analisar a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera.
O Gosat vai mapear os gases do efeito estufa a uma altitude de 666 quilômetros da Terra.
O OCO, satélite da Nasa medirá os gases a uma altitude de 5 a 10 quilômetros da superfície do planeta.
O Gosat juntamente com o OCO deverão ajudar a esclarecer alguns pontos obscuros relacionados às mudanças climáticas, como a localização de sorvedouros de CO2 ainda desconhecidos.
Título | Crise não reduz emissão de CO2. |
Publicação | Globo Ciência em fev/09 |
Poluição aumentou em 2008 apesar da desaceleração da economia mundial.
As esperanças de que a crise financeira e a consequente desaceleração da produção industrial pudessem reduzir as emissões de CO2 estão virando fumaça.
Um relatório divulgado ontem pela Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera - NOAA - revela que as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera aumentaram.
Com a recessão, acredita-se que as emissões dos países desenvolvidos possam cair cerca de 2% este ano. Mas este efeito pode ser anulado pelo aumento das emissões na China, a maior poluidora do mundo ao lado dos EUA.
Título | Cinzenta previsão. |
Publicação | Globo Ciência em mar/09 |
Céu fica mais opaco a cada dia devido a poluentes.
De acordo com os pesquisadores, os aerossóis, resultantes da queima de combustíveis fósseis, como o carvão e os derivados do petróleo, seja pela indústria, veículos ou queimadas, podem não apenas gerar poluição nociva à saúde, mas também agir sobre o clima.
As partículas de aerossol alteram o balanço de energia da Terra ao refletir e espalhar a radiação solar de volta para o espaço reduzindo a quantidade dessa radiação que atinge a superfície terrestre.
Alguns tipos de aerossol são potentes absorvedores de radiação e, além de resfriar a superfície planetária, aquecem a troposfera (camada que vai até uma altitude de 10 km). Essa variação também atua sobre as propriedades das nuvens e os padrões de precipitações.
A revista "Science" publicou um estudo realizado por pesquisadores das universidades do Texas e Maryland. Foi criado um banco de dados sobre a visibilidade da atmosfera medida por mais de 3 mil estações meteorológicas espalhadas pelo mundo, entre 1973 e 2007. Kalcun Wang da Universidade de Maryland, que participou do estudo, declarou que a criação desse banco de dados foi um grande passo para o entendimento da correlação entre o aquecimento global e a poluição.
Os aerossóis têm tempo de vida curto na atmosfera (em geral de alguns dias) se comparados com os gases do efeito estufa que podem permanecer na atmosfera por décadas. Por causa disso os efeitos dos aerossóis no clima foram colocados em segundo plano durante muito tempo.
As alterações no padrão de cobertura de nuvens e de precipitação promovidos pela presença de aerossóis na atmosfera são atualmente reconhecidas como um fator importante na dinâmica de circulação atmosférica.
Título | Cana corta 73% do CO2. |
Publicação | Globo Ciência em mar/09 |
Estudo da Embrapa quantifica vantagem ambiental do etanol sobre a gasolina.
Na corrida mundial pelos biocombustíveis, o etanol brasileiro ganha mais alguns pontos.
A Embrapa realizou um estudo avaliando a quantidade de gases estufa produzida desde a preparação do solo para plantio da cana-de-açúcar até o transporte do etanol para os postos e a queima do combustível.
A mesma avaliação foi feita com a gasolina considerando a emissão dos gases do efeito estufa desde a extração do petróleo até a combustão do produto nos motores dos veículos.
Na parte final do estudo, já de posse desses dados foram avaliados os desempenhos de dois carros, um movido a gasolina pura e outro movido a álcool, num percurso de 100 quilômetros.
O resultado da comparação mostrou que houve uma redução de 73% das emissões de CO2 com o carro a álcool em comparação com o veículo que usava gasolina pura.
Se a queima do solo para a colheita da cana fosse totalmente eliminada a redução seria de 82% em relação à gasolina pura.
Se fosse usada a gasolina brasileira, que tem 24% de álcool anidro, a redução seria um pouco menor, mas mesmo assim plenamente satisfatória.
Título | Poluição faz as estufas urbanas ficarem cada vez mais quentes e secas. |
Publicação | Globo Ciência, caderno O CAOS NO CLIMA em abr/09 |
Cientistas estão convencidos que as mudanças climáticas associadas ao aquecimento global só fazem agravar as ilhas de calor, isto é, as áreas mais urbanizadas e quentes das metrópoles.
Magda Lombardo geógrafa e professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) afirma que as cidades brasileiras estão ficando mais doentes. As mudanças climáticas globais estão piorando o desconforto térmico nas ilhas de calor. As ilhas registram ainda redução da umidade relativa do ar, uma maior concentração de chuvas e mudanças nos ventos. As ilhas são desertos artificiais onde os efeitos para a saúde são mais severos. Nas periferias as pessoas moram em casa menos confortáveis, mais sujeitas a enchentes e deslizamentos.
Augusto Pereira Filho, professor de Ciências Atmosféricas do Instituto Astronômico e Geofísico da USP, afirma que as mudanças climáticas que começam pelas cidades se propagam pelo planeta. Com 2 graus Celsius a mais na temperatura média, São Paulo, sofreu um aumento de 60% na quantidade de tempestades e de descargas elétricas nos últimos 50 anos. Na região amazônica os efeitos poderão ser piores. Com o clima mais seco, como já ocorre na Austrália, começaria um ciclo vicioso com mais raios e incêndios.
José Marengo pesquisador do CPTEC/Inpe, os aumentos nos extremos de chuvas e secas nas regiões Sul e Sudeste do país estão evidentes. Os veranicos também estão aumentando muito no Nordeste. Os veranicos de 5 dias têm ocupado toda uma estação. As chuvas comuns em um mês, duram apenas 2 dias. Algumas área do semi-árido se transformam em áridas. E o pior é que processo como estes se acentuarão no futuro.