Você precisa ler as mais recentes notícias resumidas sobre a biodiversidade.
Título | Extinção de aves |
Publicação | Globo Ciência em mai/08 |
Aquecimento agrava perigo de extinção de aves.
Brasil e Indonésia têm mais de 100 espécies em risco.
Uma em cada oito aves do mundo está ameaçada de extinção. As mudanças climáticas estão "amplificando de forma significativa" este perigo, diz um levantamento divulgado ontem pela União Internacional para a Conservação da Natureza IUCN durante a abertura da conferência da ONU sobre a biodiversidade em Bonn, na Alemanha.
O documento intitulado "Lista Vermelha das Aves" afirma que 1226 espécies de aves se encontram ameaçadas de extinção. Brasil e Indonésia.
De acordo com o relatório, que é publicado anualmente,alterações graves no habitat, ligadas ao clima, são os principais motivos do problema.
Períodos prolongados de seca e alterações climáticas bruscas fragilizam cada vez mais os habitats dos quais as aves dependem.
Título | Alterações localizadas nos continentes |
Publicação | Globo Ciência em mai/08 |
Provas do crime ambiental.
Estudo mostra relação de causa e efeito entre ação humana e mudanças na natureza.
Algumas das alterações observadas em cada continente:
América do Norte.
Florescer precoce em 89 espécies de plantas
Canibalismo e declínio da população de ursos polares
nascimento precoce e mudanças nos períodos de migração de diversas aves
América Latina.
Derretimento de geleiras no Peru
Rompimento de geleiras na Patagônia.
Falte de gelo em estações de esqui bolivianas
Europa
Derretimento da cobertura de gelo nos Alpes
Florescer e polinização precoce em plantas de 19 países
Mudanças nas populações de peixes no Rio Rhône, na França.
Ásia
Crescimento desordenado dos pinheiros siberianos na Mongólia
Rompimento precoce da cobertura de rios e lagos da Mongólia
Florescer precoce em plantas no Japão
Alterações no permafrost na Rússia
Austrália
Chegada precoce de aves migratórias
Diminuição dos níveis de água na região de Vitória
África
Diminuição de produtividade do ecossistema do Lago Tanganyika
Antártica
Declínio de 50% da população de pingüins-imperadores
Diminuição das geleiras
Título | Extermínio sem precedentes |
Publicação | Globo Ciência em mai/08 |
Ritmo de extinção de espécies de animais é 10.000 vezes maior que o natural.
De 1970 até 2005, o mundo sofreu uma redução de 1/3 da diversidade animal devido à ação humana
Os dados estão no "Índice do Planeta Vivo", produzido pela Sociedade Zoológica de Londres.
O homem se transformou numa força capaz de alterar a vida na Terra. de acordo com o relatório, o planeta não via nada assim, desde a grande onda de extinção há 65 milhões de anos que varreu 90% das formas de vida e pôs fim a era dos dinossauros.
Segundo o Índice do Planeta Vivo o declínio das espécies nestes 35 anos foi:
terrestres - 25%
marinhas - 28%
água doce - 29%
aves marinhas - 30%
Estas taxas não tem precedentes na história da Humanidade - disse o editor do relatório Jonathan Loh.
O relatório será discutido no próximos dias em Bonn na reunião da IX Conferência das Partes da Convenção da Biodiversidade das Nações Unidas. Os números enfraquecerão qualquer discurso de autoridade prometendo reduzir as taxas de declínio da população de animais, uma vez que os paises descumpriram as metas que eles mesmo fixaram. A falta de ação global já tornou tais metas inviáveis.
De 1960 até 2000 a população mundial dobrou e a dos animais declinou 30%, isto indica sem nenhuma dúvida que a redução da população animal é resultado da ação do homem.
O estudo lista 5 razões para este declínio:
mudanças climáticas
poluição
destruição dos habitats dos animais
superexploração das espécies
invasão de espécies exóticas
A perda da biodiversidade terá graves conseqüências como por exemplo:
Plantações ficarão mais vulneráveis às pragas devido a redução dos predadores naturais.
Diminuição dos recursos pesqueiros.
Título | Ursos à deriva |
Publicação | Globo Ciência em mai/08 |
Com o derretimento do gelo Ártico, animais acabam sem rumo no mar.
Uma das piores previsões sobre o impacto do aquecimento no Ártico começa se concretizar. Ursos polares que dependem do que caçam sobre o oceano congelado, percorrem distâncias cada vez maiores entre os blocos de gelo fragmentados e muitas vezes morrem afogados, exaustos, após nadarem muitos quilômetros a procura de alimento.
O problema mais recente aconteceu esta semana em Saudarkrokur, Islândia. Um urso polar que chegou, após ter se deslocado centenas de quilômetros desde a Groenlândia, atacou pessoas tendo sido morto a tiros pela polícia. Foi o segundo urso polar que chegou nas duas últimas semanas. Há décadas que a Islândia não recebia a visita dos ursos polares nestas condições.
Título | Invertebrados em extinção |
Publicação | Globo Ciência em jun/08 |
Invisíveis e em perigo.
Mapa inédito do IBGE traz 130 espécies de invertebrados ameaçados de extinção.
Seu lançamento é considerado de extrema importância porque os invertebrados estão entre as espécies menos conhecidas do país. Eles exercem um papel-chave nos biomas. Muitos são polinizadores - responsáveis pela sobrevivência das matas - outros têm funções significativas na estrutura dos solos e na cadeia alimentar e, portanto no equilíbrio de todo o sistema. A ação do homem é a maior responsável pela ameaça de extinção.
No material há desenhos de animais, vegetação primitiva, área modificada pelo homem e biomas. as legendas explicam classes, ordens e famílias a que pertencem os animais, distribuição geográfica, seus nomes científicos e populares, e categorias ( extintas, criticamente em perigo, em perigo e vulnerável).
Com o mapa fica mais fácil entender a situação das espécies no Brasil. É um bom material para ser usado nas escolas, mas também por cientistas e autoridades na área de meio ambiente. É preciso chamar a atenção para a extinção.
O mapa é encontrado no site do IBGE.
Título | Migração assistida. |
Publicação | Globo Ciência em jul/08 |
A migração assistida é uma prática que poderia salvar animais ameaçados de extinção pelo aquecimento global.
A migração assistida consiste no deslocamento de populações inteiras com a ajuda do homem, sendo uma das mais ousadas propostas já feitas para reduzir o impacto das mudanças climáticas.
Os grandes avanços da ecologia nos últimos anos permitem tomar decisões e realizar a migração assistida com mais segurança.
Segundo Camille Parmesan, professora da Universidade do Texas, a migração assistida jamais será uma solução definitiva para o problema da extinção de espécies, mesmo assim será uma valiosa ferramenta para a defesa de algumas espécies.
Para realizar a migração assistida deverão ser analisados cuidadosamente e rigorosamente determinados itens como:
risco da extinção da espécie no seu habitat natural.
risco da extinção da espécie no seu habitat de destino.
ameaças à sobrevivência de outras espécies no habitat natural e no de destino, causadas pela migração assistida.
custo e eficiência da captura e transporte da espécie em migração assistida.
valor que a sociedade dá a espécie ameaçada de extinção.
Título | Espécies marinhas da Antártica sob ameaça. |
Publicação | Globo Ciência em jul/08 |
Colapso de blocos de gelo afeta populações que vivem no fundo do mar e podem alterar habitat.
O desmoronamento de blocos de gelo por causa das mudanças climáticas ameaça dizimar a biodiversidade em águas pouco profundas da Antártica.
O aumento do desmoronamento de icebergs sobre o fundo do mar altera o tipo e o número de criaturas marinhas podendo provocar alterações na distribuição de espécies-chaves da área.
Título | Marcados para morrer. |
Publicação | Globo Ciência em jul/08 |
Um terço dos recifes de corais do planeta está ameaçado de extinção.
Afetados por mudanças climáticas, poluição e pesca predatória muitos corais estão em perigo. A região do Caribe é a que apresenta a mais alta concentração de corais ameaçados.
Quando morre um coral morrem também outros animais que dependem dos recifes de coral para seu alimento e abrigo, podendo ocorrer o colapso de um ecossistema inteiro.
Os corais são o grupo mais vulnerável aos efeito das mudanças climáticas, segundo Roger Mc-Manus, vice-presidente de programas marinhos da Conservação Internacional.
O aumento da temperatura da água do mar e a intensidade da radiação solar leva à descoloração dos corais e a doenças que freqüentemente acarretam a mortalidade em massa desses corais.
Os oceanos absorvem cada vez mais CO2 da atmosfera aumentando a acidez das águas, veja mais em Mares mais ácidos.
Título | Aquecimento fará dengue se espalhar. |
Publicação | Globo Ciência em nov/08 |
Número de casos pode chegar a 3,5 bilhões em 2085 caso o aumento das temperaturas globais ultrapasse 3 graus Celsius.
A projeção foi feita por cientistas do Hadley Center, fundado em 1990 no Reino Unido e desde então uma referência na pesquisa de mudanças climáticas.
Balakrishnan Blhaskaran gerente de pesquisas climáticas do Hadley Center afirma que nesse cenário sobre o aquecimento global, o mosquito transmissor da dengue ampliaria sua área, se espalhando por regiões onde hoje ele não alcança. Com um aumento de temperatura de 3 graus Celsius, poucos ecossistemas no planeta conseguiriam se adaptar às novas condições climáticas.
Título | Declínio sem precedentes. |
Publicação | Globo Ciência em jan/09 |
Crescimento de corais na Austrália atingiu seu menor índice dos últimos 400 anos.
A grande Barreira de Corais na Austrália é um santuário da vida marinha, habitado por milhares de espécies de animais que ali encontram alimento e proteção.
Pesquisadores do Instituto Australiano de Ciências Marinhas estudaram o impacto das mudanças climáticas em 328 colônias de corais. No trabalho publicado a revista "Science" eles afirmam que a calcinação dos corais diminuiu de 13% em toda a Grande Barreira desde 1990, fato sem precedentes nos últimos quatro séculos.
O biólogo marinho Ove Hoegh-Guldberg da Universidade de Queensland, após analisar os dados afirma que a calcificação dos corais esta em declínio por causa do aumento de temperatura e da acidificação dos oceanos.
Os oceanos absorvem aproximadamente 1/3 de todo o CO2 liberado na atmosfera por atividades humanas. Quando o CO2 se dissolve na água é formado o ácido carbônico, que altera o delicado equilíbrio químico dos mares.
Título | Biodiversidade em extinção. |
Publicação | Globo Ciência em fev/09 |
Desmatamento faz 25 espécies da Amazônia desaparecerem e ameaça outras 644.
Um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, 26 espécies de animais e plantas já foram extintas por causa dos cortes na Floresta Amazônica acumulados até 2006. No mesmo período, outras 644 espécies entraram na lista de animais e plantas ameaçados de extinção.
Das 26 espécies extintas, 10 estão na parte brasileira da floresta
O relatório Geo Amazônia aponta que, até 2005, 17% da Amazônia tinham virado cinzas.
Entre as causas do desmatamento, o estudo indica a expansão da monocultura da soja e a produção extensiva de gado, especialmente na Bolívia e no Brasil, onde estas atividades representam 20% do PIB da região e empregam 30% da população economicamente ativa.
Uma das críticas aos governos dos 8 países amazônicos é a falta de continuidade da políticas públicas.
O relatório previu 4 diferentes cenários para a região para daqui a 20 anos
Amazônia Emergente
Amazônia a um passo do precipício
Inferno ex-verde
Amazônia vazia
O ministro Carlos Minc afirmou:
- Eu apostaria no cenário da Amazônia sustentável. Estamos indo nesse caminho.
Regeneração parcial em algumas áreas.
Estudo preliminar do INPE revela que parte da Amazônia devastada está se regenerando.
O levantamento, baseado em uma amostra de imagens de satélite, indica que dos 700 mil quilômetros quadrados já desmatados 19,4% possuem florestas secundárias que absorvem CO2 e ajudam a controlar o aquecimento global. O problema é que a expectativa de vida dessas florestas é de 5 anos.
Título | O impacto global do aquecimento nos animais. |
Publicação | Globo Ciência em mar/09 |
Ícones da natureza em perigo
O relatório "Mudanças Climáticas e Espécies", lançado pela WWF alerta que mudanças climáticas ameaçam algumas das espécies mais conhecidas da Terra.
O relatório lembra que, de acordo com o IPCC, entre 20% e 30% das espécies do planeta podem ser extintas caso as temperaturas globais aumentem até 2,5 graus Celsius nas próximas décadas, um cenário que muitos especialistas consideram inevitável, uma vez que o aquecimento global irá impactar fortemente os suprimentos de água e comida de muitos habitats.
O aquecimento global deve provocar eventos climáticos mais frequentes como tempestades, furações, secas e inundações e muitas espécies não vão conseguir se deslocar depressa o suficiente para sobreviver.
Ursos polares -
42% de perda de habitat e 2/3 de perda da população até a metade do século. Extinção total dentro de 75 anos.
Elefantes africanos -
Redução nas fontes de água e comida. Perda de 20% de [áreas protegidas até 2080. Sobrevivência de filhotes reduzida pela seca.
Tigres de bengala -
Mais de 70% do habitat perdido em50 anos. Perdas devidas ao aumento do confronto com os homens.
Orangotangos -
Altas taxas de mortalidade causadas por aumento dos incêndios florestais. Perda de suprimentos de água e comida. Excesso de chuva diminuirá temporada de alimentação.
Tartarugas marinhas -
Aumento das taxas de mortalidade de filhotes. Perdas de fontes de alimento e locais para desova.
Recifes de corais -
Extinções em massa frequentes por volta de 2060. Até 80% dos corais do planeta podem morrer nas próximas décadas. Em 1998, 16% dos corais morreram.
Cangurus -
Mais de 80% de perda de habitat para algumas espécies. Aumento da vulnerabilidade às espécies invasoras.
Albatrozes -
Maior vulnerabilidade às espécies invasoras. Diminuição dos locais de acasalamento. Aumento de morte de ninhadas.
Baleias e golfinhos -
Virtualmente nenhum gelo no mar do verão da Antártica em 2040. Perda de fontes de alimentos para espécies ameaçadas.
Pinguins -
Redução de 75% da população de algumas espécies. Elevada redução de alimentos.