Alimentos

Você precisa ler as mais recentes notícias resumidas sobre alimentos.

Título Desequilíbrio na produção agrícola.
Publicação Globo Economia abr/08

 

Pelas previsões do IPCC pequenos aumentos da temperatura do planeta já seriam suficientes para desequilibrar a produção agrícola no planeta. Os efeitos seriam desastrosos para muitos dos países pobres, já que grandes quantidades de alimentos teria que percorrer enormes distâncias para suprir as necessidades.

Por exemplo as mudanças climáticas provocam na Austrália uma grande seca que acarretou um colapso na produção de arroz, com uma perda de 98% da produção. Esta perda do maior produtor de arroz do Hemisfério Sul causou pânico nos mercados de Hong Kong e nas Filipinas e gerou violentos protestos em países como Egito, Camarões, Etiópia, Haiti, Indonésia e Costa do Marfim.


 

Título Se um chinês comer um pouco mais por ano......
Publicação Globo Economia mai/08

 

O PIB da China está crescendo anualmente de 11%

O povo chinês está passando por profundas transformações com a transferência do campo para as cidades. A taxa de urbanização da população ainda é pequena 39% mais está crescendo. O chinês está se transformando de produtor de alimentos em consumidor abastado uma vez que os rendimentos nas cidades são muito maiores que no campo.

É justo portanto que o chinês queira comer mais e melhor inclusive trocando cereais, proteína vegetal, por carne, proteína animal.

Os quadros abaixo mostram a evolução do consumo per capta anual de carne de frango e suína desde 1998 até 2014, com projeções a partir de 2008.

 

 

 

As projeções mostram que em 2018 o chinês estará comendo a mais por ano 1 frango e 8 kg de carne suína.

 

As conseqüências para o resto do mundo serão desastrosas, considerando-se o consumo de milho para produzir estas carnes adicionais.

Os cálculos de Mauro Lopes, especialista em agricultura da Fundação Getúlio Vargas, estão mostrado na quadro seguinte.

 

 

Para atender a este consumo a China teria de importar uma cota extra de milho de 27,1 milhões de toneladas anualmente. Para se ter uma idéia desta importação o Brasil e a Argentina não teriam como atender a esta importação. Esta importação é aproximadamente a metade da exportação dos EUA (maior exportador mundial de milho) cujo valor é no entorno de 60 milhões de toneladas anuais.

O atendimento desta demanda chinesa acarretaria uma explosão dos preços e a fome se espalharia pelos quatro cantos do mundo. 

  Com uma ressalva muito importante é que este cenário é o mais favorável uma vez que não estamos levando em conta a redução da produção do milho em virtude de mudanças climáticas que já estão ocorrendo

Qual seria a solução?

                        Segundo Chico Menezes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional não há solução global.

Os governos terão de resolver os seus problemas de forma independente. Restrições como a da Argentina com o trigo (veto à exportação) devem se repetir.

Outra vertente seria o aumento da produção mundial que ocorreria  com o fim dos subsídios agrícolas realizados nos EUA e na Europa.

É importante enfatizar que foi abordado apenas o aumento de consumo na China ainda que ele esteja ocorrendo na Índia e na Rússia.


 

Título Mais calor mais fome
Publicação Globo Economia dez/08

 

Mapa do aquecimento global prevê perda de safras sem precedentes nos trópicos.O rápido aumento das temperaturas no mundo deverá ter um efeito devastador sobre os cultivos agrícolas nas zonas tropicais e subtropicais até o fim deste século.

Se não houver uma adaptação ao novo clima, metade da população mundial sofrerá com a escassez de alimentos em 2100. Produtos primários como o milho e o trigo poderão sofrer reduções de 20% a 40%. Estas reduções não estão levando em consideração a redução do abastecimento de água.

Deve-se começar investir o mais rapidamente possível em adaptação porque serão necessárias várias décadas para o desenvolvimento de cultivos adaptados a temperaturas tão elevadas.

Histórico do aumento de temperatura e suas consequências.

David Battisti professor de Ciências Atmosféricas da Universidade de Washington e Rosamond Naylor diretor do Programa de alimentos da Universidade de Stanford baseados em 23 modelos climáticos e em períodos históricos de maior escassez de alimentos causados por aumento de temperatura ambiente chegaram a alguns prognósticos.

Entre os períodos estudados figuram episódios na Europa em 2003 e na Ucrânia em 1972.

Na Ucrânia uma onda de calor sem precedentes arrasou as colheitas de trigo e causou uma alteração  do mercado mundial que durou 2 anos.

Em 2003 na Europa as temperaturas recorde causaram uma devastação nas safras agrícolas e a morte de 53 mil pessoas.

- Quando olhamos para esses exemplos históricos vemos que sempre houve forma de resolver o problema. Sempre havia um lugar onde encontrar o alimento - disse Naylor. - No futuro, entretanto, não haverá nenhum lugar. As temperaturas que prevaleceram no verão de 2003 (3,6 graus Celsius acima da média) serão normais na região em 2100, segundo os prognósticos.


 

Título Epidemia de fome se espalha pelo Zimbábue
Publicação Globo Economia dez/08

 

Pesquisa da ONU mostra que 7 em cada 10 pessoas não haviam comido ou tiveram apenas uma refeição na véspera.

A fome assombra o que um dia foi o fértil território do Zimbábue. Esta crise em grande parte causada pelo homem, agravada pela seca, foi provocada por políticas catastróficas para a agricultura e um colapso econômico.

Programas assistenciais americanos e o Programa Mundial de Alimentos têm alimentada milhões de zimbabuenses desde 2002 ao custo de US$1,25 bilhão. Este mês os programas assistenciais estão alimentando metade da população. 

O Programa Mundial de Alimentos precisa de metade da comida para janeiro. Sem recebimento urgente de comida poderá se registrar uma situação ainda mais assustadora em janeiro.


 

Título 1/3 do que você compra vai para o lixo
Publicação Globo Economia jan/09

 

Campanha pelo consumo consciente de alimentos alerta: volume desperdiçado no país alimentaria 35 milhões de pessoas.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação - FAO - estima que anualmente desperdiçamos 26 milhões de toneladas de alimentos no Brasil. O montante seria suficiente para alimentar 35 milhões dos cerca de 72 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar.

A campanha de consumo consciente quer sensibilizar o consumidor a mudar hábitos simples, como comprar menos quantidade e mais assiduamente, o que será bom para as suas contas. Desperdiçando menos, a pressão sobre os alimentos será menor e podemos ter até uma redução de preços diz Hélio Mattar, presidente do Akatu.

É necessário enfatizar que o desperdício de 26 milhões de toneladas não inclui as perdas ocorridas no transporte, na comercialização e no acondicionamento dos alimentos. É portanto muito importante reformular a logística do transporte e distribuição dos alimentos, como também melhorar a tecnologia do acondicionamento.


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